Assista aos vídeos no link abaixo.
1. https://rosangelaproens.blogspot.com/2020/05/a-moreninha-literatura-2-emc.html
2. https://rosangelaproens.blogspot.com/2020/05/a-moreninha-capitulo-i-e-iii.html
Agora resolva os exercícios abaixo:
Resenha:
A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo – Por Paula Ramos
Análise
de "A Moreninha" de Joaquim Manoel de Macedo
“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi considerado o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. O título do livro foi dado pelo próprio protagonista da história, o personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina. Durante toda a história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha. O sucesso de “A Moreninha” está vinculado à capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de romance, aguçando a curiosidade do leitor com pequenos enigmas, simples conflitos e uma leitura fácil e agradável. Tais características se organizam numa narrativa fixada entre a lenda e o romance para formar uma obra de gosto popular.
Leia a seguir um trecho da obra e depois responda às questões propostas.
A Moreninha Joaquim Manuel de Macedo
D. Carolina passou uma noite cheia de pena e de cuidados, porém já menos ciumenta e despeitada; a boa avó livrou-a desses tormentos. Na hora do chá, fazendo com habilidade e destreza cair a conversação sobre o estudante amado, dizendo: - Aquele interessante moço, Carolina, parece pagar-nos bem a amizade que lhe temos, não entendes assim?... - Minha avó...eu não sei. - Dize sempre, pensarás acaso de maneira diversa?... A menina hesitou um instante e depois respondeu: - Se ele pagasse bem, teria vindo domingo. - Eis uma injustiça, Carolina. Desde sábado à noite que Augusto está na cama, prostrado por uma enfermidade cruel. - Doente?! Exclamou a linda Moreninha, extremamente comovida. Doente?...em perigo?... - Graças a Deus, há dois dias ficou livre dele; hoje já pôde chegar à janela, assim me mandou dizer Filipe. - Oh! Pobre moço!... se não fosse isso, teria vindo ver-nos!... E, pois, todos os antigos sentimentos de ciúme e temor da inconstância do amante se trocaram por ansiosas inquietações a respeito de sua moléstia. No dia seguinte, ao amanhecer, a amorosa menina despertou, e buscando o toucador, há uma semana esquecido, dividiu seus cabelos nas duas costumadas belas tranças, que tanto gostava de fazer ondear pelas espáduas, vestiu o estimado vestido branco e correu para o rochedo. - Eu me alinhei, pensava ela, porque enfim... hoje é domingo e talvez... como ontem já pôde chegar à janela, talvez consiga com algum esforço vir ver-me.
E quando o sol começou a refletir seus raios sobre o liso espelho do mar, ela principiou também a cantar sua balada: “Eu tenho quinze anos E sou morena e linda”. Mas, como por encantamento, no instante mesmo em que ela dizia no seu canto: “Lá vem sua piroga Cortando leve os mares” Um lindo batelão apareceu ao longe, voando com asa intumescida para a ilha. Com força e comoção desusadas bateu o coração de d. Carolina, que calou-se para empregar no batel que vinha atentas vistas, cheias de amor e de esperanças. Ah! Era o batel suspirado. Quando o ligeiro barquinho se aproximou suficientemente, a bela Moreninha distinguiu dentro dele Augusto; sentado junto a um respeitável ancião, a quem não pôde conhecer (...). (...) Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel, e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a desembarcar; d. Carolina, que ainda não mostrava dar fé deles, prosseguiu seu canto até que quando dizia: “Quando há de ele correr Somente para me ver...” Sentiu que Augusto corria para ela. Prazer imenso inundava a alma da menina, para que possa ser descrito; como todos preveem, a balada foi nessa estrofe interrompida e d. Carolina, aceitando o braço do estudante, desceu do rochedo e foi cumprimentar o pai dele. Ambos os amantes compreenderam o que queria dizer a palidez de seus semblantes e os vestígios de um padecer de oito dias, guardaram silêncio e não tiveram uma palavra para pronunciar; tiveram só olhares para trocar e suspiros a verter. E para que mais?
01. D. Carolina estava atormentada pelo ciúme e despeito devido
a) as conversas que ela tinha
com a avó.
b) ao não comparecimento de
Augusto a sua casa.
c) as informações que Filipe
deu sobre Augusto.
d) ao bom conceito que a avó
tinha de Augusto.
02.A conversa entre D. Carolina
e sua avó sobre o estudante amado pela jovem foi
a) esclarecedora
b) desmotivante
c) entediante
d) animadora
03. O ciúme e o despeito de
D..Carolina foi substituído
a) pela esperança e serenidade
diante das informações dadas pela avó.
b) pelo alívio e tranqüilidade
por causa do recado de Filipe.
c) pelas ansiosas inquietações
a respeito da doença de Augusto.
d) pela culpa de ter julgado
mal seu amado.
04. A menina voltou a arrumar-se pois
a) queria ir visitar o amado.
b) tinha esperança de ser
visitada pelo amado.
c) recuperou-se do ciúme e do
despeito.
d) foi aconselhada pela avó a cuidar-se.
05. “Com força e comoção
desusadas bateu o coração de d. Carolina...”, o termo em destaque significa
a) enormes
b) constantes
c) incomuns
d) reais
06. O reencontro de d. Carolina
e Augusto foi
a) cheio de declarações de
amor.
b) cheio de questionamentos.
c) marcado pela indiferença e
dúvidas.
d) marcado pela troca de
olhares e suspiros.
07) No fragmento: “o amor é um
menino doidinho e malcriado que , quando alguém intenta refreá-lo , chora, esperneia,
escabuja”, e no outro “... amor é um anzol que ,quando se engole, agadanha-se
logo no coração da gente...” temos uma figura de linguagem chamada :
a) metonímia
b) personificação
c) metáfora
d) antítese
08) Leia e responda: “[...]
porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que são segredos e
que todo mundo mos lê nos olhos!” Com qual dos provérbios seguintes essa fala
de Augusto se relaciona:
a) Longe dos olhos, longe do
coração.
b) O que os olhos não veem o
coração não sente.
c) Os olhos são a janela da
alma.
d) Em terra de cego quem tem um
olho é rei.
09 . Com base na leitura e
análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de
verdadeiras ou falsas:
1. ( ) O sucesso de A Moreninha está vinculado à
capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de lenda e de sonho, onde
o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir.
2. ( ) A divisão tradicional do livro, composto de
heróis e vilões, é um dos aspectos que o vinculam ao Romantismo.
3. ( ) Dois personagens do livro quebram a
harmonia social da história: o alemão Keblerc, que se embriaga e leva à
embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante.
4. ( ) O romance é narrado em primeira pessoa, pelo próprio Augusto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário