Assista um episódio da série que era baseada no herói mascarado Zorro e estreou em outubro de 1957.
Os filmes eram em preto e branco,
sendo colorizados em 1992.
Don Diego de la Vega (Zorro) é um
jovem rico que não se conforma com a exploração do povo. Seu pai, Don Alejandro
de la Vega, um militar aposentado e fazendeiro, quer que Diego o ajude na
fazenda. Mas o filho decide fazer justiça com as próprias mãos: Se torna um
justiceiro mascarado, que usa seu chicote e a espada para defender o povo.
Existiu um Zorro de verdade?
Tem quem diga que o Zorro é nada
mais que uma ficção, criada pela imaginação do escritor Johnston McCulley. Esse
herói viveu no antigo Los Angeles, quando a cidade era apenas um vilarejo da
Alta Califórnia e parte do México colonial, ainda sob o domínio da coroa
espanhola. O Zorro -a raposa- era um combatente contra o crime que, quando não
estava lutando contra a injustiça era simplesmente Don Diego de la Vega, um
jovem nobre, filho de um fazendeiro espanhol. Considerado um dos primeiros
heróis de ficção da cultura moderna, Zorro aparece pela primeira vez num conto
de "A Maldição de Capistrano", publicado em 1919 nas histórias em
quadrinhos da All-Story Weekly. O conto foi traduzido para 26 idiomas e lido em
todo o mundo.
Mas, existiu o Zorro? Na verdade,
o personagem é muito semelhante a alguns vilões verdadeiros da história da
Califórnia. Alguns o associam com Joaquin Murieta, cuja vida foi romanceada em
um livro de John Rollin Ridge (1854), e no filme A Máscara do Zorro (1998),
onde o irmão de Murieta substitui Don Diego de la Vega no papel de Zorro.
Outras inspirações possíveis do autor do Zorro seria o próprio Robin Hood, ou
os bandidos californianos Tiburcio Vasquez e Salomão Pico, ou o índio Yokuts
Stanislaus da Califórnia, que liderou uma revolta contra a Missão de San Jose
em 1827. Ou ainda William Lamport, um soldado irlandês que viveu no México, no
século XVII. A vida de Lamport foi romanceada por Vicente Riva Palacio. Outra
fonte de inspiração pode ter sido o romance de Pimpinela Escarlate (1905), que
possui muitas semelhanças com a história de McCulley.
Vivia numa povoação um alegre papudo,
estimado de todos, muito folgazão e boêmio. Não o impedia o papo de soltar
grandes risadas. Pouco se lhe dava que o achassem feio, ou o chamassem de
papudo. A verdade é que o tal papo o incomodava, mas o que não tem remédio
remediado está, filosofava ele. E vamos tocar viola, e vamos amanhecer nos
fandangos, viva a alegria, minha gente, que se vive uma vez só.
Certo dia, foi ao povoado vizinho, a
uma festa de casamento, levando embaixo do braço a inseparável viola. Demorou
mais que de costume, bebeu uns tragos a mais, porém não deixou de voltar para
casa, pois era tão trabalhador quanto festeiro, e tinha que pegar no serviço no
outro dia bem cedo.
Havia luar. Num grande estirão avistava
a estrada larga, as touceiras de mato. Passava o gambá por perto dele, e o
tatu, roncando, e voava baixo, silenciosamente, a corujinha campeira. O papudo
não sentia medo. Andava em paz com Deus e com os Homens. Os animais, que
adivinham nele um homem de coração compassivo, também não tinham medo dele.
De repente, ao virar numa curva, viu
embaixo da figueira brava, ramalhuda, uma roda de anões cantando. Todos com
capuzes vermelhos, cachimbo com a brasa luzindo, a barba branca comprida,
descendo até a altura do peito.
-- O que será aquilo?
Por um instante teve algum temor. Mas
era tarde para fugir. Os foliões já o tinham visto. E, se se tratava de festa,
isto era com ele. Saltou decidido para o meio da roda, empunhando a viola.
-- Eu também sei cantar.
Enquanto pinicava as cordas, prestava
atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam:
Segunda, terça
Quarta, quinta...
E tornavam ao começo:
Segunda, terça
Quarta, quinta...
E assim sempre, numa musiquinha muito
cacete. Acostumado aos desafios, a improvisar, o papudo esperou a sua deixa.
Assim que os anões começaram:
Segunda, terça
Quarta, quinta...
Ele emendou:
Sexta, sábado
Domundo também.
A roda pegou fogo. Os pequenos duendes
barbudos gostaram da novidade. Rodopiavam cantando numa animação delirante, e
foi assim a noite toda. E o papudo tocando e dançando.
De madrugada, ao primeiro cantar do galo,
a roda se desfez. O mais velho deles, e que parecia o chefe, perguntou-lhe:
-- Que é que você quer, em paga de ter
tocado para nós?
-- Eu até que me diverti com esta festa
- replicou o papudo.
-- Mas peça qualquer coisa.
-- Posso pedir seja o que for?
-- Pode.
-- Eu queria - disse ele, meio hesitante
- queria me ver livre deste papo, que me incomoda muito.
Um anãozinho agarrou o papo com as duas
mãos, subiu pelo peito do papudo, firmou bem os pés, deu um arrancão.
O papudo fechou os olhos.
-- Agora eles me matam.
De repente sentiu o pescoço leve. Abriu
os olhos. Os anõezinhos tinham sumido. Não ouviu mais nada. Meio cinzento,
despontava o dia.
Passou a mão pelo pescoço, estava liso,
sem excrescência nenhuma.
"Agora fiquei mais bonito",
pensou também, muito satisfeito.
E aí deu com o papo jogado em cima do
cupim.
Agarrou a viola e foi para casa.
Imagine-se a sensação que não foi, o
papudo amanhecer, sem mais nem menos, sem o papo.
-- Que milagre foi esse? - perguntavam.
Papudo ria, papudo cantava, continuava
folgazão como sempre, mas não contava a aventura, de medo que o chamassem de
louco, e não acreditassem.
Esse moço tinha um compadre, que também
era papudo.
E tanto apertou o amigo, e tanto falou:
--
Eu também quero me ver livre desse aleijão. Quero ficar bonito, e arranjar uma
namorada. Você não é amigo.
Foi assim, até que o moço lhe contou
tudo.
O outro encarou, incrédulo.
-- Verdade?
-- Verdade.
-- O anão falou que você podia pedir o
que quisesse?
-- Falou.
-- E você em vez de pedir riquezas, pediu
para ficar sem o papo?
-- Ora, pobreza não me incomoda, mas o
papo incomodava.
-- Mas você é louco. Você é um burro.
Pedisse riqueza. Quem é rico, que é que tem o papo? Quem se incomoda com papo?
Eu, se fosse rico, me casaria com uma mulher bonita, do mesmo jeito. Você é bobo. Onde é esse lugar, onde você
encontrou os fantasmas?
O outro preveniu:
-- Compadre, você vai lá com esganação,
vai ofender os anõezinhos, e ainda se arrepende.
-- Nada disso. Você o que é, é um
egoísta. Está formoso, que se danem os outros.
Aí o moço encolheu os ombros e falou:
-- Sua alma, sua palma. Vá lá, depois não
se queixe.
Ensinou onde era o compadre invejoso
agarrou a viola e foi, noite alta, direitinho como o outro tinha feito. Também
era noite de luar. Também dançou a noite inteira, cantando. Ao primeiro cantar
do galo a roda se desfez.
-- Que é que você quer, em paga de ter
tocado para nós?
O papudo deu uma piscadela maliciosa para
o anão e falou, esfregando o indicador e o polegar, no gesto clássico, que
significa dinheiro:
-- Eu quero aquilo que o meu compadre não
quis.
Um anãozinho foi ao cupim, tirou o papo
do outro que estava lá, e grudou em cima do papo do invejoso.
E assim, por sua louca ambição, ele ficou
com dois papos.
GUIMARÃES, Ruth (org.). Lendas e fábulas do Brasil, 4. ed. São Paulo: Cultrix,
1972.
Fonte:
Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais
- Edições SM - p.50 a 53.
Os
contos populares são textos que têm relação
com a memória e com a cultura de uma comunidade. Não há como
determinar onde essas histórias surgiram, nem quem foram seus criadores. Muitas
vezes, os contos populares são criações coletivas, em que há modificações por
parte de quem reconta.
Os
contos populares são, em geral, contados oralmente
em situações informais, por exemplo,
em uma reunião de familiares e amigos.
Agora
leia o conto: O sapateiro e os duendes
Era uma vez um sapateiro que trabalhava
duro e era muito honesto. Mas nem assim ele conseguia ganhar o suficiente para
viver. Até que, finalmente, tudo o que ele tinha no mundo se foi, exceto a
quantidade de couro exata para fazer um par de sapatos. Ele os cortou e deixou
preparados para montar no dia seguinte, pretendendo acordar de manhã bem cedo
para trabalhar. [...] De manhã cedo, depois de dizer suas orações, preparava-se
para fazer seu trabalho, quando, para seu grande espanto, ali estavam os
sapatos, já prontos, sobre a mesa. O bom homem não sabia o que dizer ou pensar
deste estranho acontecimento. Examinou o acabamento: não havia sequer um ponto
falso no serviço todo e era tão bem feito e preciso que parecia uma perfeita
obra de arte.
Naquele mesmo dia apareceu um cliente e os
sapatos agradaram-lhe tanto, que teria pago um preço muito acima do normal por
eles; e o pobre sapateiro, com o dinheiro, comprou couro suficiente para fazer
mais dois pares. Naquela noite, cortou o couro e não foi para a cama tarde
porque pretendia acordar e começar cedo o trabalho, pois, quando acordou pela
manhã, o trabalho já estava acabado. Vieram então compradores que pagaram
generosamente por seus produtos, de modo que ele pôde comprar couro suficiente
para mais quatro pares. Ele novamente cortou o couro à noite, e encontrou o
serviço acabado pela manhã, como antes; e assim foi durante algum tempo: o que
era deixado preparado à noite estava sempre pronto ao nascer do dia, e o bom homem
prosperou novamente.
Certa noite, perto do Natal, quando ele e a
mulher estavam sentados perto do fogo conversando, ele lhe disse,
"Gostaria de ficar observando esta noite para ver quem vem fazer o
trabalho por mim". A esposa gostou da ideia. [...] Quando deu a
meia-noite, apareceram dois anõezinhos nus que se sentaram na bancada do
sapateiro, pegaram o couro cortado e começaram a preguear com seus dedinhos,
costurando, martelando e remendando com tal rapidez que deixaram o sapateiro
boquiaberto de admiração [...]. E assim prosseguiram no trabalho até
terminá-lo, deixando os sapatos prontos para o uso em cima da mesa. [...] No
dia seguinte, a esposa disse ao sapateiro, "Esses homenzinhos nos deixaram
ricos e devemos ser gratos a eles, prestando-lhes algum serviço em troca. Fico
muito chateada de vê-los correndo para cá e para lá como eles fazem, sem nada
para cobrir as costas e protegê-los do frio. Sabe do que mais, vou fazer uma
camisa para cada um, e um casaco, e um colete, e um par de calças em troca;
você fará para cada um deles um par de sapatinhos".
A ideia muito agradou o bom sapateiro e,
certa noite, quando todas as coisas estavam prontas, eles as puseram sobre a
mesa em lugar das peças de trabalho que costumavam deixar cortadas e foram se
esconder para observar o que os duendes fariam. Por volta da meia-noite, os
anões apareceram e iam sentar-se para fazer o seu trabalho, como de costume,
quando viram as roupas colocadas para eles, o que os deixou muito alegres e
muito satisfeitos. Vestiram-se, então, num piscar de olhos, dançaram, eram
cambalhotas e saltitaram na maior alegria até que finalmente saíram dançando
pela porta em direção ao gramado, e o sapateiro nunca mais os viu: mas enquanto
viveu, tudo correu bem para ele desde aquela época.
Irmãos Grimm. Contos de fadas. Trad. Celso M. Paciornik. São
Paulo: Iluminuras, 2002.
1.Complete o quadro com as informações dos
textos.
“Os dois papudos”
“O sapateiro e os duendes”
Características
dos duendes
Onde
vivem essas personagens
O que
eles fazem para encantar as pessoas
Quando
aparecem essas personagens
As
personagens mágicas dos contos populares brasileiros são bastante semelhantes
aos anões, gnomos, duendes ou figuras mitológicas. Em algumas comunidades, elas
também são conhecidas como protetoras da natureza ou dos moradores da região,
como nas histórias ancestrais. Essas semelhanças indicam que os contos
populares brasileiros trazem influencia
de diversas culturas, principalmente das culturas indígena, africana e
europeia.
2.O conto popular retrata os seres mágicos
presentes no imaginário das pessoas.
a)Cite um
momento do conto “O sapateiro e os duendes” em que isso fica evidente.
b)Que
semelhanças e diferenças eles têm com as outras pessoas do conto?
3.Nos dois textos lidos, os duendes ajudam ou
premiam certas personagens.
a)Explique
por que os duendes realizam essas ações.
b)No
final de “Os dois papudos”, uma das personagens fica muito contrariada com os
duendes. O que provoca essa reação nela?
c)É
possível deduzir por que os duendes agiram dessa forma com a personagem?
Explique.
4.Em sua opinião, qual dos dois textos
apresenta linguagem mais próxima daquela utilizada em situações informais?
Justifique sua resposta com um exemplo do texto.
Fonte:
Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais
- Edições SM
Estratégias de controle da devolução da
Atividade Pedagógica Complementar:
As atividades deverão ser encaminhadas para
o wattsapp da professora até segunda-feira 01/04.
( ) São os textos em que há a
apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações,
avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) São
os textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a
defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia
principal, argumentos e conclusão.
( ) São
os textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado
espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator
importante nesse tipo de texto.
( ) São
os textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa,
um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de
temporalidade.
( ) São
os textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar
ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo.
2. Qual alternativa não é a correta
quando falamos sobre os tipos textuais
a) Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição,
injunção e exposição.
b) Os tipos de textos apresentam características intrínsecas
e invariáveis, ou seja, não sofrem a influência do contexto de nossas
atividades comunicativas. De maneira predeterminada, apresentam vocabulário,
relações lógicas, tempos verbais e construções frasais que acolhem os diversos
gêneros.
c) Possuem um conjunto
ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do
autor, conteúdo, composição e função.
d) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades
linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções
frasais, etc.
e) Geralmente variam entre cinco e nove tipos.
Para as questões de 3 a
6 escreva nos parênteses as tipologias textuais às quais os textos pertencem:
3.Modo de preparo:
Bata no liquidificador
primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por 5
minutos;
Depois, numa tigela ou
na batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo, menos o
fermento;
Esse é misturado
lentamente com uma colher;
Asse em forno
preaquecido (180° C) por 40 minutos.
( ______________________________________)
4.“Era um homem alto, robusto, muito
forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer esforço para
movimentar seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino,
que a expressão alegre acentuava ainda mais.”
( _______________________________________)
5.“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que
dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma
casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e
descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram
se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu
resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”.
(Dalton Trevisan –
Uma vela para Dario).
(_________________________________________)
6.Novas tecnologias
Atualmente, prevalece
na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas
ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro
já chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo”
“fetichizam” novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de consumo
obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o
“futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos
reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um
aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem
sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de
dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem
compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em objeto público de
entretenimento.
Não mais como aqueles
acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por
espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas,
na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em:
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
(______________________________________)
Estratégias de controle da devolução da Atividade Pedagógica
Complementar:
As atividades deverão ser
encaminhadas para owattsapp da
professora até quarta-feira 01/04.
Atividade do
dia 23/03/2020 para correção na 1ª aula do dia 30/3/2020.
Texto: “Lixo”
1.A narração é feita em terceira pessoa. O narrador
apenas situa espacialmente as personagens (área de serviço de um prédio) e
passa a reproduzir o diálogo entre eles; o narrador não mais intervém.
2.Ela gosta de cozinhar; corresponde-se com a mãe,
que mora no Espírito Santo; passou por uma crise amorosa que a fez sofrer;
escreve poemas. Ele cozinha porque precisa; sofreu com a perda recente do pai,
que morava no Sul; distraí-se com palavras cruzadas; quase não sai de casa;
gostou das poesias da vizinha. Ambos são solitários, que os faz muito
observadores e curiosos com relação a tudo o que envolve outras pessoas e os
levou a observar o lixo alheio.
3.Muito lenço de papel e vidrinhos de comprimidos
de tranquilizantes no lixo dela; grande quantidade de carteiras de cigarro
amassadas no lixo dele, o que não era comum.
4.a) Tomada isoladamente, a oração “Encontram-se
na área de serviço” teria sujeito indeterminado.
b)No
contexto, o sujeito é elíptico/oculto: eles, os vizinhos.
5.“Se você os achasse ruins mesmo, teria rasgado.”
6. São consequência de choro e de
resfriado.
7. “Através do lixo, o particular
se torna público.”
Atividade do dia 23/03/2020 RESPOSTAS 1. Letra E (O humor da charge deve-se ao fato de o hacker telefonar para o dono da
conta hackeada reclamando do saldo existente) 2. Letra A (Charge é uma anedota gráfica, que se utiliza de linguagem verbal e não
verbal para satirizar fatos específicos e atuais) Atividade do dia 25/03/2020 RESPOSTAS 1. A dengue
2. A
prevenção contra o mosquito da dengue.
3. A “charge”
é um gênero que explora a linguagem verbal, a linguagem não-verbal, e a
linguagem mista , todos os tipos de linguagem ajudam a compreender o significado
da charge , provocando o riso , através do exagero ,criticando um fato
específico . 4. Sim, o
chargista através do humor alerta sobre o perigo do mosquito da dengue. 5. coloquial.
2. a) As condições precárias da
cidade, que passavam contra os investimentos, e a ambição das elites ligadas às
exportações, a favor deles.
b) Subordinadas adverbiais
comparativas: “tão refreados pelas precárias condições da capital / quanto
ambicionados pelas elites atreladas aos grandes interesses exportadores”.
3. O futuro do pretérito
4. Havia pobreza e miséria, as
casa eram modestas, as atividades tradicionais eram visíveis.
5. a) A foto poderia ser de um
acidente sem relação com a revolta popular.
b) Um bonde tombado é um modo de
dificultar o acesso de policiais e instaurar um levante.
6. Sim. Assim como o texto
verbal, o contexto é fundamental para se atender uma imagem que tem a
finalidade de servir como documento.
7. Comprovar a veracidade dos
fatos.
8. Não. Observar a ironia na
palavra “cenário”, a crítica implícita em “ambicionados”, a denúncia em “instalados
no governo”, a força em “ditames”... Não se trata de criticar essa postura do
autor no relato, mas de notar que a escolha das palavras e os arranjos que
fazemos nos textos acrescentam significados a eles.
9. A população não foi
devidamente informada sobre a ação da vacina, que na época era uma novidade. A vacinação
foi imposta pelas autoridades: os inspetores sanitários, apoiados pelos guardas
municipais, invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. Havia também a
crença, estimulada pela imprensa, de que a vacina provocava a doença.
Estes exercícios sobre tipos
textuais exigem conhecimentos sobre as principais características da narração,
dissertação, descrição, injunção e exposição.
Acesse o link abaixo e resolva os
exercícios. Verifique os acertos e erros para ver o que precisa melhorar.
Leia a charge abaixo, divulgada
nas redes sociais:
ATIVIDADES DE LEITURA
1. Qual é o tema abordado pela
charge?
2. Qual é o objetivo desta
charge?
3. A “charge” é um gênero que explora só a linguagem verbal, só a
linguagem não-verbal, ou a linguagem mista? Explique.
4. Analisando a charge em
questão, você considera eficiente o modo como o chargista abordou o tema, ou
seja, ele conseguiu chamar a atenção da sociedade para o problema da dengue?
5. Qual o nível de linguagem
utilizado nesta charge?
a) culto
b) coloquial
c) técnico
d) literário
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL
6) Que tal mobilizar uma
discussão sobre o tema "combate à
dengue" ?
Produzam uma charge que tenha como objetivo incentivar a
comunidade escolar a refletir sobre essa questão.
Capriche na produção da charge para divulgarmos aqui no blog!
Estratégias de controle da devolução da Atividade Pedagógica
Complementar:
As atividades deverão ser encaminhadas
para o wattsapp da professora até
segunda-feira 30/03.
Na aula anterior você
assistiu ao vídeo sobre a Revolta da Vacina, uma rebelião popular contra a
vacina anti-varíola, ocorrida no Rio de Janeiro, em novembro de 1904. O vírus
da varíola se espalhava. Proliferavam ratos e mosquitos transmissores de
doenças fatais como a peste bubônica e a febre amarela, que matavam milhares de
pessoas anualmente.
Hoje estamos vivendo uma
situação parecida, em devemos cuidar para que o vírus Covid-19 não se prolifere.
Leia os textos motivadores no link abaixo e escreva um texto dissertativo
argumentativo de no mínimo 15 linhas, não esquecendo de fazer uma proposta uma
intervenção.
Após assistir ao vídeo leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
Crônica “Lixo”, do Luís Fernando
Veríssimo (9º ano B)
LIXO
Encontraram-se na área de
serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
-- Bom dia...
-- Bom dia.
-- A senhora é do 610.
-- E o senhor do 612.
-- É.
-- Eu ainda não o conhecia
pessoalmente...
-- Pois é.
-- Desculpe a minha indiscrição,
mas tenho visto o seu lixo...
-- O meu o quê?
-- O seu lixo.
-- Ah...
-- Reparei que nunca é muito. Sua
família deve ser pequena...
-- Na verdade, sou só eu.
-- Mmmmmmmm. Notei também que o
senhor usa muita comida em lata.
-- É que tenho que fazer minha
própria comida. E como não sei cozinhar...
-- Entendo.
-- A senhora também...
-- Me chame de você.
-- Você também perdoe a minha
indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignos,
coisas assim...
-- É que eu gosto muito de
cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
-- A senhora... você não tem
família?
-- Tenho, mas não aqui.
-- No Espírito Santo.
-- Como é que você sabe?
-- Vejo uns envelopes no seu
lixo. Do Espírito Santo.
-- É. Mamãe escreve toda semana.
-- Ela é professora?
-- Isso é incrível! Como foi que
você adivinhou?
-- Pela letra no envelope. Achei
que era letra de professora.
-- O senhor não recebe muitas
cartas. A julgar pelo seu lixo...
-- Pois é...
-- No outro dia tinha um envelope
de telegrama amassado.
-- É.
-- Más notícias?
-- Meu pai. Morreu.
-- Sinto muito.
-- Ele já estava bem velhinho. Lá
no Sul. Há tempos não nos víamos.
-- Foi por isso que você
recomeçou a fumar?
-- Como é que você sabe?
-- De um dia para o outro
começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
-- É verdade. Mas consegui parar
outra vez.
-- Eu, graças a Deus, nunca
fumei.
-- Eu sei. Mas tenho visto uns
vidrinhos de comprimido no seu lixo...
-- Tranquilizantes. Foi uma fase.
Já passou.
-- Você brigou com o namorado,
certo?
-- Isso você também descobriu no
lixo?
-- Primeiro, o buquê de flores,
com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel...
-- É, chorei bastante, mas já
passou.
-- Mas hoje ainda tem uns
lencinhos...
-- É que estou com um pouco de
coriza.
-- Ah.
-- Vejo muita revista de palavras
cruzadas no seu lixo.
-- É. Sim. Bem. Eu fico muito em
casa. Não saio muito. Sabe como é.
-- Namorada?
-- Não.
-- Mas há uns dias tinha uma
fotografia de mulher no teu lixo. Até bonitinha.
-- Eu estava limpando umas
gavetas. Coisa antiga.
-- Você não rasgou a fotografia.
Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
-- Você já está analisando o meu
lixo!
-- Não posso negar que o seu lixo
me interessou.
-- Engraçado. Quando examinei o
seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
-- Não! Você viu meus poemas?
-- Vi e gostei muito.
-- Mas são muito ruins!
-- Se você achasse eles ruins
mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
-- Se eu soubesse que você ia
ler...
-- Só não fiquei com eles,
porque, afinal, estaria roubando. Se bem que não sei: o lixo da pessoa ainda é
propriedade dela?
-- Acho que não. Lixo é domínio
público.
-- Você tem razão. Através do
lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se
integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será
isso?
-- Bom, aí você já está indo
fundo demais no lixo. Acho que...
-- Ontem, no seu lixo...
-- O quê?
-- Me enganei, ou eram cascas de
camarão?
-- Acertou. Comprei uns camarões
graúdos e descasquei.
-- Eu adoro camarão.
-- Descasquei, mas ainda não
comi. Quem sabe a gente pode...
-- Jantar juntos?
-- É.
-- Não quero dar trabalho.
-- Trabalho nenhum.
-- Vai sujar a sua cozinha.
-- Nada. Num instante se limpa e
põe os restos fora.
-- No seu lixo ou no meu?
(Luís Fernando Veríssimo)
Responda as questões sobre o texto:
1.Em que pessoa é feita a narração? Observe como
Luis Fernando Veríssimo estruturou o texto e explique qual é o papel do
narrador.
2.Caracterize os dois personagens (comportamento,
vida pessoal, gostos, etc)
3.Analisando o lixo dos dois personagens, podemos
afirmar que ambos passaram por crises emocionais. Que elementos do lixo
comprovam essa observação?
4.Duas questões de análise sintática para você refletir:
a)Classifique
o sujeito da primeira oração do texto, tomando-a isoladamente.
b)Classifique
o sujeito da mesma oração, inserindo-a no contexto em que aparece.
5.“Se você achasse eles ruins mesmo, teria
rasgado.”
A frase acima apresenta uma sintaxe típica da
linguagem cotidiana, coloquial. No entanto, pode ser considerada incorreta
pelas gramáticas normativas da língua portuguesa. Reescreva de modo a atender
às exigências da norma culta.
6.Lenço de papel, no lixo da mulher, é uma consequência
de duas situações distintas. Quais são?
7.Na parte final do texto são feitas algumas
considerações sobre o caráter social do lixo. Retire, dessa passagem, uma frase
que poderia servir como síntese do conto de Luis Fernando Veríssimo.
8.Classifique o texto quanto ao tipo e gênero.
9.E para você: o lixo da pessoa ainda é problema
dela? Por quê?
Estratégias de controle da devolução da Atividade Pedagógica
Responda as questões em seu
caderno, coloque seu nome e envie uma foto para o wattsapp da professora.